O que é Ethereum 2.0? Saiba o que esperar do “Merge do Ethereum”
Também conhecida como “Merge do Ethereum” – palavra em inglês para fusão -, a atualização da rede prevê a migração das operações do sistema de prova de trabalho (proof of work, ou PoW) para prova de participação (proof of stake, ou PoS). O principal impacto da mudança é ambiental, com uma redução expressiva no uso de energia elétrico, mas também é econômico.
O que vai mudar com o Ethereum 2.0?
Toda blockchain precisa de uma rede de consenso para verificar os dados e validar as operações que acontecem naquele ambiente. Atualmente, o modelo utilizado pelo Ethereum (que a forma de mineração tradicional, também usada pelo Bitcoin) é a prova de trabalho, onde os mineradores, por meio de computadores de altíssima tecnologia e processamentos, competem entre si para poder verificar operações e, a partir deste trabalho, são recompensados com ether (ETH), a criptomoeda da rede.
Os mineradores precisam decifrar códigos matemáticos complexos e, por isso, precisam de máquinas muito potentes, o que envolve muita energia elétrica, explica Felipe Vella, analista de renda variável da Ativa Investimentos. No Ethereum 2.0, no entanto, a exigência para que os mineradores possam se cadastrar e, assim, receber transações para verificar é de que sejam mantidos, pelo menos, 32 ETH “trancados” na carteira de cada um dentro da rede.
“O que vai acontecer é que a prova de participação vai permitir que o Ethereum escale de maneira mais fácil, porque vai custar mais barato e vai ser mais rápido transacionar.”Felipe Vella, analista de renda variável da Ativa Investimentos
A atualização não deve afetar diretamente as pessoas que possuem ether no início, mas sim os mineradores presentes na rede, que precisam aceitar fazer parte da migração e, assim, terão todos os seus dados históricos direcionados para a nova rede, com o novo sistema operacional. Ainda assim, alguns especialistas ressaltam que é preferível evitar transações com a criptomoeda nos horários em que a atualização estiver sendo feita.
Na prática, o que vai acontecer é que toda a rede Ethereum será fundida ao Beacon Chain, que é uma rede paralela que, desde 2020, já opera no modelo de prova de participação. Dessa forma, o Ethereum 2.0 é a fusão da rede tradicional com a paralela, migrando para o sistema operacional que envolve menos energia e menos gastos.
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